Jesus não está visível em lugar algum. No entanto, o Evangelho de hoje nos diz que Pedro e João “viram e creram”.
O que eles viram? Mortalhas de sepultamento jogadas pelo chão, numa tumba vazia. Talvez isso os tenha convencido de que Ele não havia sido levado por ladrões de túmulos, que geralmente roubavam as roupas valiosas do enterro e esqueciam os cadáveres.
Escolhidos para serem Suas “testemunhas”, como a Primeira Leitura de hoje nos diz, os Apóstolos foram mandados por Jesus a pregar ao povo e testemunhar tudo o que eles haviam visto, desde a Sua unção pelo Espírito Santo, no Jordão, até a tumba vazia.
Além de sua própria experiência, eles foram instruídos nos mistérios da economia divina, nos planos de salvação de Deus, compreendendo que todos os profetas haviam dado testemunho Dele (ver Lucas 24: 27,44).
Agora eles já podiam “compreender as Escrituras”, poderiam nos ensinar o que Ele lhes havia dito: que Ele era “a Pedra que os construtores rejeitaram”, o qual, como profetiza o Salmo de hoje, ressuscitaria e seria exaltado. (ver Lucas 20:17; Mateus 21:42; Atos 4:11).
Nós somos filhos das testemunhas apostólicas. É por isso que ainda nos reunimos de manhã cedo, no primeiro dia de cada semana, para celebrar esta festa do túmulo vazio e dar graças por “Cristo, nossa vida”, como a Epístola de hoje O chama.
Batizados em Sua morte e Ressurreição, vivemos a vida celestial do Cristo ressuscitado, com nossas vidas “escondidas, com Cristo, em Deus”. Agora também somos Suas testemunhas. Mas testemunhamos coisas que não podemos ver, nas quais apenas cremos, procurando nas coisas terrenas só aquilo que é do alto.
Vivemos recordando o testemunho deixado pelos Apóstolos; e, como eles, comendo e bebendo no altar, com o Senhor ressuscitado. E aguardamos esperançosos o que os Apóstolos nos disseram que chegaria: o dia em que também apareceremos com Ele, “revestidos de glória”.
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